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Dilma assume liderança

Mais reconhecida entre os eleitores como a candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff (PT) passou pela primeira vez nesta quarta-feira à frente na pesquisa CNI/Ibope de José Serra (PSDB), seu principal adversário na corrida eleitoral. Apesar de ainda haver um grande número de eleitores indecidos (10 por cento), indicou o levantamento, a rejeição à petista caiu, enquanto subiu o número de pessoas que disseram não votar no tucano de forma alguma. Em um eventual segundo turno, Dilma também passou a vencer Serra.

"A candidata Dilma é a grande tributária de um governo bem avaliado e de uma boa capacidade de influência junto ao eleitor do presidente Lula", explicou a jornalistas Rafael Lucchesi, diretor de Operações da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que encomendou a pesquisa ao Ibope.Para o diretor, "a economia, a popularidade do governo, a popularidade do presidente Lula, a capacidade dele influir no processo eleitoral seguramente esses são atributos que a pesquisa indica de uma maneira muito afirmativa e dá essa oscilação entre os candidatos". No quadro que mostra apenas os três principais candidatos na corrida presidencial, Dilma tem 40 por cento de intenção de votos e José Serra recebeu 35 por cento, enquanto Marina Silva (PV) ficou com 9 por cento. Já quando a pesquisa inclui todos os 12 prováveis candidatos a presidente, a petista aparece com 38,2 por cento, seguida pelo tucano com 32,3 por cento e a ex-ministra do Meio Ambiente com 7,0 por cento. O quarto colocado aparece com apenas 0,9 por cento.

A sondagem foi realizada entre os dias 19 e 21 deste mês, e tem margem de erro é de 2 pontos percentuais. O Ibope entrevistou na nova pesquisa 2.002 pessoas em 140 municípios. As eleições estão agendadas para outubro.

Na pesquisa Ibope divulgada em 5 de junho, Serra e Dilma apareciam com 37 por cento e Marina, com 9 por cento. Já a CNI/Ibope de março mostrou Serra com 38 por cento, contra 33 por cento de Dilma e 8 por cento de Marina.

A pesquisa mostra que a estratégia do PT de tentar colar a imagem de Dilma à de Lula tem dado certo. Cresceu para 73 por cento de 58 por cento o número de pessoas que indicaram Dilma como a candidata do presidente. A oscilação das pessoas que não sabiam quem Lula apoia ou não responderam caiu na mesma proporção entre março e junho, diminuindo para 24 por cento.

"Há uma elevação do eleitorado na percepção mais clara de que a candidata Dilma é a candidata do presidente Lula", disse o diretor da CNI.

Por outro lado, apesar do aumento do percentual de eleitores que descartam levar em conta o apoio de Lula na hora de ir à urna eletrônica e da redução da parcela que seguiria automaticamente a indicação do presidente, continuaram somando apenas 10 por cento os que anunciam voto em um candidato oposicionista.

A oposição esperava que o desempenho de Serra melhorasse depois dos programas de rádio e televisão dos partidos coligados ao tucano --DEM, PPS e PTB, além do próprio PSDB. Para Lucchesi, no entanto, a tese não pode ser totalmente descartada porque ainda não foram ao ar todas as propagandas mais curtas do PSDB na TV.

"A inserção na mídia da Dilma foi muito mais forte de março até agora do que a do candidato José Serra", comentou.

Presidente do PSDB, o senador Sérgio Guerra (PE) também aposta na propaganda dos partidos.

"O quadro atual não é de vantagem (para Dilma). Até o final do mês, quando termina rigorosamente a propaganda partidária, nós estaremos com ligeira vantagem, é isso que vai acontecer", disse, avaliando que a subida de Dilma na sondagem é resultado de campanha realizada pelo presidente Lula.

LULA COM 85% DE APROVAÇÃO

A avaliação positiva do governo Lula permaneceu no patamar de 75 por cento, enquanto a negativa caiu para 3 por cento frente a 5 por cento.

Já a aprovação pessoal do presidente subiu para o patamar recorde de 85 por cento, ante 83 por cento apurados em março. Os entrevistados que desaprovam a atuação de Lula também caiu para o menor nível desde março de 2003, para 11 por cento. Há três meses, o grupo totalizava 13 por cento.

A maioria dos entrevistados afirmou que considera o segundo mandato do presidente melhor do que o primeiro, e aprova a atuação do governo em relação ao combate à fome, ao desemprego à inflação e à defesa do meio ambiente. Por outro lado, a maior parte reprova as áreas de segurança pública e tributária.

A pesquisa mostra queda dos que aprovam o trabalho do Executivo na educação e saúde, e empate na gestão do governo da taxa de juros.(g1)